26 de jul. de 2011

Escrevendo sem disfarces (mais sem disfarces que Orwell)

Aqui estão as regras do Orwell editadas:

  1. Nunca use uma metáfora, símile ou outra figura de linguagem que você geralmente vê na imprensa. Você não precisa de clichês.
  2. Nunca use uma palavra longa onde uma curta sirva. Evite palavras longas.
  3. Se for possível cortar uma palavra, corte-a sempre.
  4. Nunca use a voz passiva onde você pode usar a ativa. Escreva no agora.
  5. Nunca use uma frase estrangeira, uma palavra científica ou um jargão se você puder pensar num equivalente comum no português. Em caso de dúvida, diga claramente o que tem a dizer.
  6. Quebre qualquer uma destas regras antes de dizer alguma coisa absolutamente rude. Melhor ser interessante do que seguir estas regras.

A razão do negócio de escrever ser horrível é que as pessoas estão com medo.

Medo de dizer o que querem dizer, pois podem ser criticadas por isso.

Medo de serem mal interpretadas, de serem acusadas de dizer o que não disseram, porque podem ser criticadas por isso.

Orwell estava no caminho certo. Basta dizer. Diga claramente. Diga agora. Diga sem medo de ser criticado e sem medo de ser chato.

Se o objetivo é não ter nenhum feedback, então não diga nada. Não escreva.

Se o objetivo é comunicar, então diga o que você quer dizer.

Minha melhor dica é: compre um gravador digital barato. Diga o que você quer dizer, como se a pessoa que você quer persuadir estivesse ali, ouvindo. Em seguida, transcreva. Simplifique. Envie.



Tradução minha do texto Writing naked (nakeder than Orwell) publicado no blog do Seth Godin. Vale a pena a leitura do blog.

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